quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Rede de Leitura do Recife: A Escola Linkada na Poesia

Conheça o hotsite A Escola Linkada na Poesia. Trata-se de um trabalho assessorado pelo Prof. Edmir Perrotti no quadro da Rede de Leitura do Recife, ação realizada pelo INTERPOÉTICA, em parceria com a Gerência de Bibliotecas e Formação de Leitores da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer do Recife. A idéia é criar um espaço na internet para a publicação, divulgação e difusão de ações ligadas à formação de leitores, bem como à produção textual dos alunos e professores da rede municipal de ensino, colaborando assim com a formação de redes virtuais interativas de poesia: http://www.interpoetica.com/hotsite/empjb/empjb.htm

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

I ENCONTRO NACIONAL SOBRE BIBLIOTECA ESCOLAR: QUE LUGAR É ESSE?

PROGRAMAÇÃO GERAL DO EVENTODIA 08 DE NOVEMBRO DE 2008
8h30 – Inscrições e entrega dos materiais
8h45 - Abertura oficial do evento com aperitivo cultural com alunos do curso de Música da Faculdade de Música de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (ECA)
Conferência "A Biblioteca como espaço de leitura" com Profa. Dra. Maria Silvia Cintra Martins.
Conferência "Biblioteca Escolar no Brasil: contradições e conquistas" com Marilucia Bernardi
Conferência "Biblioteca Escolar: relações entre práticas e políticas" com o Prof. Dr. Edmir Perrotti e Profa. Dra. Ivete Pieruccini
Conferência "Biblioteca Escolar: cenário da mudança" com Leila Flores Maia
Conferência "A Biblioteca Escolar e a Cidade Educadora" com Profa. Lourdes de Sousa Moraes
Lançamento do livro "Discursos sobre biblioteca escolar"

Contatos
Av. Bandeirantes, 3.900 - Monte Alegre - Ribeirão Preto - SP / Tel: (16)3602-4669 / 3602-4443 / 3602-4683 - Fax:(16) 3602-4887 / Email:bibliotecaescolar@dfm.ffclrp.usp.br

Mais informações: http://dfm.ffclrp.usp.br/biblioteca/index.html

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Diálogos de Infoeducação_Convidada: Lesley S. Farmer 


Sobre a palestrante:
Dr. Lesley Farmer, Professor at California State University Long Beach, coordinates the Librarianship program. Dr. Farmer has worked as a library media teacher in K-12 school settings as well as in public, special and academic libraries. She chairs the Information Literacy SIG of the International Association for School Librarianship, chaired the Educators of Library Media Specialists Section of AASL, and is incoming chair for the Education Section of Special Libraries Association. Dr. Farmer is a frequent presenter and writer for the profession. Her latest books include Collaborating with Administrators and Educational Support Staff (Neal-Schuman, 2006) and The Human Side of Reference and Information Services in Academic Libraries (Chandos, 2007).

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Veja fotos e vídeos do Fórum de Infoeducação: Aprendizagens Informacionais e Leitura

IMPORTANTE: O evento pode ser visto pelo sistema IPTV/USP. Acesse: http://iptv.usp.br/

20/10 - O evento de abertura do fórum e assinatura de declaração de interesse da parceria do Colabori/CBD/ECA/USP e Sociedade Beneficente Israelita Hospital Albert Einstein, tendo em vista o desenvolvimento da Estação do Conhecimento Laboratório, na Comunidade de Paraisópolis, foi emocionamente e marcado pela presença das apresentações das crianças e jovens da comunidade de Paraisópolis - confira as fotos e vídeos: http://picasaweb.google.com.br/colabori/FRumDeInfoeducacao_PalestraDe20DeOutubroDe2008

21/10 - No segundo dia, além da presença de diversos pesquisadores, estudantes e profissionais na área de Infoeducação, houve também a forte participação das organizações sociais que formam a Rede de Leitura Biblioteca Viva - confira as fotos: http://picasaweb.google.com.br/colabori/FRumDeInfoeducaO_SobreRedesDeLeitura#

23/10 - No terceiro dia, houve uma reunião, pela manhã, com a equipe de pesquisadores do Colabori e à tarde um amistoso debate com Prof. Dr. Edmir Perroti, com a mediação da Profa. Dra. Ivete Pieruccini - confira as fotos: http://picasaweb.google.com.br/colabori/ForumInfoeducacao_20081023#

Saiba como foi a programação no CBD/ECA/USP - clique aqui.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

FÓRUM DE INFOEDUCAÇÃO
APRENDIZAGENS INFORMACIONAIS E LEITURA


CONVIDADO: Prof. Dr. Max Butlen*

(Université Cergy-Pontoise-França)
Data: 20 a 23 de outubro de 2008

* Max Butlen é Vice-Diretor do Instituto de Formação de Professores de Versailles; foi também vice-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Pedagógicas e um dos responsáveis pelo Programa de Implantação de Bibliotecas Escolares, na França, na gestão de F. Mitterrand. No período 1994-98, foi representante do governo francês, no Projeto Pró-Leitura (MEC/Ministério de Relações Exteriores da França).

Em iniciativa do Colabori - Colaboratório de Infoeducação - do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, pesquisadores, estudantes e profissionais do Brasil e da França estarão reunidos para compartilhar experiências em políticas de informação, educação e leitura, com o objetivo de aprofundar reflexões sobre o conceito de aprendizagens informacionais.

Confira a programação e participe! Entrada gratuita.

O evento será transmitido ao vivo pelo sistema IPTV/USP. Acesse: http://iptv.usp.br/

Realização: Colabori /ECA – USP/CBD/ECA-USP / PPG-CI/ECA-USP
Apoio: Sociedade Beneficente Israelita Hospital Albert Einstein, Editora Paulinas e Comissão de Cultura e Extensão Universitária / ECA-USP

Como chegar:

Casa da Criança de Paraisópolis - Rua Manoel Antonio Pinto, 210 - Paraisópolis
Mapa / Linhas de ônibus: 7040-10 PARAISOPOLIS - Pinheiros / 6412-10 PARAISOPOLIS - Term. Princesa Isabel.
Para obter mais informações ligue 156 (24 horas) no Município de São Paulo ou acesse http://www.sptrans.com.br/

Auditório Lupe Cotrim / ECA – USP - Av. Prof. Dr. Lúcio Martins Rodrigues, 443 – Cidade Universitária São Paulo – SP
Mapa / Como chegar na USP: de ônibus, trem, metrô, carro ou avião - veja: http://thiagorodrigo.com.br/como_chegar_usp.php?p=onibus#oninus-municipal

terça-feira, 23 de setembro de 2008

As coordenadas do conhecimento

[Visitas monitoradas]

Por Bruna Escaleira

Vivemos na era da informação, da abundância de dados. Mas de nada adiantam tantas fontes de conteúdo se não soubermos nos orientar entre elas – ou sequer estivermos cientes de sua existência. Antes de se curvar ao “Deus Google” para fazer uma pesquisa – por diversão, trabalho ou estudos –, é importante saber que há muitos outros recursos de busca virtual e material, mais confiáveis, específicos e de fácil acesso.
Para abrir caminhos entre estantes de madeira, ferro ou “pixels”, o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBi/USP) promove treinamentos para o uso das bases de dados disponíveis tanto on-line, como nas bibliotecas da universidade, durante o ano todo. No entanto, a 13ª Semana de Arte e Cultura da USP é uma oportunidade especial para conhecer melhor esse verdadeiro universo de informação: cerca de 30 bibliotecas de diferentes unidades de ensino, com acervos especializados nas diversas áreas do conhecimento, promovem visitas monitoradas.
“O objetivo maior (das visitas) é promover, junto ao usuário, a divulgação do que a biblioteca oferece em possibilidades de acesso à informação, de forma presencial ou via internet”, expõe Mariza do Coutto, diretora da Divisão de Gestão de Desenvolvimento e Inovação do SIBi/USP.
A adesão de tantas bibliotecas ao oferecimento das visitas monitoradas mostra preocupação em se aproximar da comunidade. Mariza destaca a participação da mais nova unidade ligada ao SIBi, o Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC) da USP de São Carlos, que estará aberto a visitas nos dias 24 e 25 de setembro.
Da informação à culturaAlém de aprender a manipular mecanismos de busca de informações, é importante aproveitar o potencial de produção de conhecimento a partir do contato com essas bases de dados. “A tecnologia não é só um equipamento, pois muda a relação das pessoas com os repertórios simbólicos em circulação na sociedade”, ou seja, modifica a maneira como se conhece o mundo, diz a professora do curso de Biblioteconomia e Documentação da USP, Ivete Pieruccini, que estuda as relações entre informação, aprendizado e produção de conhecimento, atuando em grupos de pesquisa como o de Infoeducação.
Ela defende que haja uma inversão nas políticas de democratização do acesso aos conteúdos informativos, pois estas têm priorizado o manejo tecnológico, antes de fornecer uma base educacional que permita ao usuário apropriar-se de tais conteúdos para produzir conhecimento e cultura. “Acesso é a possibilidade de chegar até a informação, mas apropriação cultural significa reelaborar, ressignificar e contextualizar aquela informação às questões presentes no cotidiano”, explica a professora.
Tal contextualização só é possível através do estabelecimento de relações entre o “sujeito e a informação, e também entre sujeitos e sujeitos”, continua Ivete. Nesse sentido, a estrutura física das bibliotecas tem papel fundamental, pois precisa estimular a interação entre seus usuários para a geração e divulgação de conhecimento, ou seja, para a produção e interação cultural.
Seguindo esse conceito, foram inauguradas, no dia 16 de setembro, duas “Estações do Conhecimento” no “Parque da Juventude”, ao lado da estação Carandiru do metrô. Trata-se de uma biblioteca estruturada de maneira diferente do modelo tradicional, que prioriza a capacidade de armazenamento de material, distanciando bibliotecário, usuário e conteúdo. O projeto, idealizado pelo grupo de pesquisa de Infoeducação da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP em parceria com o Centro Estadual Paula Souza de Educação Tecnológica e a Fundação Volkswagen, sinaliza e dispõe os livros de maneira simples e convidativa ao público. Além disso, mesas e cadeiras reordenáveis estimulam a interação entre os usuários.
Para Ivete, as bibliotecas da universidade também deveriam ser reestruturadas de modo a incentivar a “socialização do conhecimento”. Muitas vezes, os próprios alunos desconhecem os recursos informativos de suas unidades de ensino, e quando os conhecem, utilizam-nos apenas para suas pesquisas, sem interagir com a comunidade. Sem essa interação, o estudante universitário, que deveria atuar como “protagonista” da produção cultural, acaba se fechando em um universo de conhecimento descolado da realidade; aliena-se em vez de contribuir para o desenvolvimento social.
Para mudar esse quadro, são necessários projetos educacionais de longo prazo, mas iniciativas imediatas, como as visitas monitoradas promovidas pelo SIBi/USP, são fundamentais.
Para participar delas, é preciso agendar a atividade junto à biblioteca da unidade que se deseja conhecer. O calendário completo das visitas está disponível na nossa Agenda Cultural e no link www.usp.br/sibi/noticias/veja-hoje-240.htm.

Fonte: http://www.usp.br/prc/caminhos/materia.php?link=81&categoria=materia


terça-feira, 16 de setembro de 2008

Está na Mídia: Inauguração das Estações do Conhecimento "Drauzio Varella", "Guita e José Mindlin"

O evento foi um sucesso!

Veja fotos do evento de inauguração: http://picasaweb.google.com.br/redepbv/InauguraOEstaEsDoConhecimentoPqJuventude e http://hjver.smugmug.com/gallery/6002229_oJY2q#375188612_5io49

Veja o que foi publicado:

ESTAÇÃO DO CONHECIMENTO NAS DUAS ETECs
Com duas unidades na ETEC Parque da Juventude, a Estação do Conhecimento é um conceito novo de implantação de espaços de pesquisa. O surgimento de novas mídias obriga a repensar o modelo tradicional de bibliotecas. Dessa forma o prof. Edmir Perroti , da USP, desenvolveu esse conceito que congrega livros, revistas, jornais, DVDs, CDs e, claro, computador com internet. O espaço arquitetônico é divido em diversos ambientes que proporcionam momentos distintos da discussão de um projeto. Deitado em um "puf", pode-se ter idéias e então passar a uma discussão formal em uma mesa, buscar dados na Internet e desta forma dinâmica ter ao final uma pesquisa escolar ou pessoal. Estas estações vêm sendo desenvolvidas pelo professor Perrotti em escolas públicas e privadas de diversas cidades e pela primeira vez foi implantada em uma escola pública na cidade de São Paulo. E já são logo duas.











Público presente à inauguração das duas Estações do Conhecimento.

Antigos pavilhões lúgubres da Casa de Detenção, hoje dois modernos centros de estudos. Assim são os prédios I e II da ETEC Parque da Juventude. O primeiro voltado para o ensino técnico de museologia, enfermagem e informática. O segundo, para música e dança. (Clique AQUI para ver a inauguração dessa unidade.) E agora ganham o Espaço do Conhecimento José e Guita Mindlin - homenagendo pessoas devotadas à cultura e ao livro, e o Espaço do Conhecimento Dráuzio Varela - conhecido médico que trabalhou muito tempo na área hospitalar da antiga Casa de Detenção. O dr. Dráuzio afirmou que nunca poderia imaginar que nesse local que abrigava milhares de detentos em condições sub-humanas, pudesse um dia receber um equipamento cultural desse nível. O patrocínio da implantação é do banco Volkswagen, com apoio da Fundação Volkswagen.
Profa. Márcia Loduca e José Mindlin. Sr. Joséf-Fidelis Senn e dr. Dráuzio Varela
Estiveram presentes na inauguração o prof. Edmir Perrotti, o sr. José Mindlin, o dr. Dráuzio Varela, o presidente da Fundação Volkswagen, Josef-Fidelis Senn, a diretora da ETEC Parque da Juventude, profa. Márcia Loduca, a diretora dos Centro Paula Souza, Laura Laganá, além de alunos e professores da ETEC. As Estações do Conhecimento poderão ser usadas por alunos e por usuários em geral.
Trecho com publicações e espaços de leitura na Estação do Conhecimento.
ETEC Parque da Juventude - Prédios I e IIAv. Cruzeiro do Sul, ao lado da estação metrô Carandiru.


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São Paulo: dois novos espaços para o conhecimento
por e-Thesis
15-Sep-2008
Serão inauguradas nesta terça-feira, às 12h30, em São Paulo, a Estação do Conhecimento José e Guita Mindlin e a Estação do Conhecimento Dráuzio Varella: dois novos espaços para a difusão da cultura e do conhecimento. Implantados pela Fundação Volkswagen com o patrocínio do Banco Volkswagen, as duas estações oferecem a estudantes e ao público em geral acervos de alta qualidade - livros, revistas, jornais, documentários, filmes e músicas -, que podem ser consultados com a mediação de educadores.
Os dois espaços funcionam dentro da unidade educacional do Centro Paula Souza situada num dos pavilhões reformados do antigo presídio do Carandiru (av. Cruzeiro do Sul, 2.630). O prédio fica junto ao Parque da Juventude - que abrange quase toda a área da penitenciária - e à estação Carandiru do metrô, e também abriga uma unidade do Acessa São Paulo, que dá acesso gratuito à internet.
As estações do conhecimento foram concebidas pelo professor Edmir Perrotti, da Universidade de São Paulo, com uma proposta inédita na cidade de São Paulo: transformar o aluno e o público em geral em protagonista cultural, capaz de se apropriar da informação e transformá-la em conhecimento. "Não se tratam de simples bibliotecas, mas de locais especialmente planejados para que o leitor consiga situar-se e fazer suas escolhas em meio ao caos atual do excesso de informação", explicou.
Dentro desta proposta, um personagem central na Estação do Conhecimento serão os info-educadores. Tratam-se de bibliotecários treinados com a missão de orientar o público em suas pesquisas e fazer com que cada um chegue àquilo que realmente deseja por meio da consulta a várias fontes de informação. Outra inovação é o fato de que os dois espaços também vão admitir no futuro textos gerados pelos freqüentadores em seu acervo.
A Estação do Conhecimento José e Guita Mindlin, aberta ao grande público, abriga um acervo de mais de 2.000 títulos de literatura infanto-juvenil, além de jornais, revistas e um acervo variado de músicas e filmes. A Estação Dráuzio Varella terá livros e outras mídias de caráter técnico-escolar, voltados a estudantes dos cursos de enfermagem, museologia e informática do Centro Paula Souza. As visitas podem ser feitas de segunda-feira a sexta-feira, em horário comercial (das 8h às 17h).
Fonte: http://www.e-thesis.inf.br/index.php?option=com_content&task=view&id=3978&Itemid=59

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São Paulo ganha dois novos espaços de difusão do conhecimento

Serão inauguradas nesta terça-feira (16/9), às 12h30, em São Paulo, a Estação do Conhecimento José e Guita Mindlin e a Estação do Conhecimento Dráuzio Varella: dois novos espaços para a difusão da cultura e do conhecimento.
Implantados pela Fundação Volkswagen com o patrocínio do Banco Volkswagen, as duas estações oferecem a estudantes e ao público em geral acervos de alta qualidade – livros, revistas, jornais, documentários, filmes e músicas –, que podem ser consultados com a mediação de educadores.
Os dois espaços funcionam dentro da unidade educacional do Centro Paula Souza situada num dos pavilhões reformados do antigo presídio do Carandiru (av. Cruzeiro do Sul, 2.630). O prédio fica junto ao Parque da Juventude – que abrange quase toda a área da penitenciária – e à estação Carandiru do metrô, e também abriga uma unidade do Acessa São Paulo, que dá acesso gratuito à internet.
As estações do conhecimento foram concebidas pelo professor Edmir Perrotti, da Universidade de São Paulo, com uma proposta inédita na cidade de São Paulo: transformar o aluno e o público em geral em protagonista cultural, capaz de se apropriar da informação e transformá-la em conhecimento. “Não se tratam de simples bibliotecas, mas de locais especialmente planejados para que o leitor consiga situar-se e fazer suas escolhas em meio ao caos atual do excesso de informação”, explicou.
Dentro desta proposta, um personagem central na Estação do Conhecimento serão os info-educadores. Tratam-se de bibliotecários treinados com a missão de orientar o público em suas pesquisas e fazer com que cada um chegue àquilo que realmente deseja por meio da consulta a várias fontes de informação. Outra inovação é o fato de que os dois espaços também vão admitir no futuro textos gerados pelos freqüentadores em seu acervo.
A Estação do Conhecimento José e Guita Mindlin, aberta ao grande público, abriga um acervo de mais de 2.000 títulos de literatura infanto-juvenil, além de jornais, revistas e um acervo variado de músicas e filmes. A Estação Dráuzio Varella terá livros e outras mídias de caráter técnico-escolar, voltados a estudantes dos cursos de enfermagem, museologia e informática do Centro Paula Souza. As visitas podem ser feitas de segunda-feira a sexta-feira, em horário comercial (das 8h às 17h).
A Fundação Volkswagen foi criada em 1979 para canalizar as ações e os investimentos sociais da Volkswagen do Brasil. Por meio do Programa Território Escola, a instituição está presente hoje em 172 municípios brasileiros, nos quais desenvolve uma série de projetos voltados ao aperfeiçoamento da qualidade da educação. Juntos, estes projetos já beneficiaram diretamente cerca de 290 mil crianças e jovens da rede pública de ensino.
Fonte: http://educandoblog.com/sao-paulo-ganha-dois-novos-espacos-de-difusao-do-conhecimento/

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Inauguração das Estações do Conhecimento "Drauzio Varella", "Guita e José Mindlin"

Seguem informações sobre a inauguração das Estações do Conhecimento "Drauzio Varella", "Guita e José Mindlin". Estão todos convidados!

Data: 16 de setembro (terça-feira), às 12h30.
Devido a problemas de agenda do Vice-Governador de São Paulo, o evento será realizado às 12h30 do mesmo dia (16/09).

Confirmações de presença pelo telefone (11) 4347-2874 com Thais Souza.

Local: Parque da Juventude (ao lado do metrô Carandiru)

Segue o endereço: Av. Cruzeiro do Sul, 2.630 - Santana - São Paulo - SP (ao lado do Metrô: Estação Carandiru)

Ao chegar, procure no primeiro prédio a entrada para a biblioteca do térreo.

Veja como chegar: http://www.sejel.sp.gov.br/parquedajuventude/comochegar.htm

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A Aventura de conhecer

Começou em 01 de setembro a série A Aventura de conhecer que faz parte do programa Salto para futuro preparado pelo Prof. Edmir Perrotti com a participação de Amanda Leal, Profa. Ivete Pieruccini, Antonia Verdini (Toninha), Silvia Orbeg, Zilda Kessel, além do próprio Prof. Edmir Perrotti.
O programa vai ao ar toda esta semana, das 19:00 às 20:00 na TVE.
Prof. Edmir participará diretamente nesta quinta-feira e a Profa. Ivete na sexta.

Todos os textos que dão apoio aos programas encontram-se no endereço http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2008/aventura/index.htm

quarta-feira, 9 de julho de 2008

II FORUM DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E LEITURA e I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS E COMUNITÁRIAS

Tema: Biblioteca Viva!
Numa ação conjunta entre a Coordenação Executiva do Plano Nacional do Livro e da Leitura (Ministério da Cultura e da Educação) e Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo acontecerá o “II FORUM DO PLANO NACIONAL DO LIVRO E LEITURA e I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS E COMUNITÁRIAS no período de 14 a 17 de agosto de 2008 na cidade de São Paulo.
Essa iniciativa deveu-se ao fato da grande repercussão do lançamento em 2006 do Plano Nacional do Livro e Leitura, ocasião em que foi organizado o I Fórum Nacional do Livro e Leitura, na Bienal de São Paulo.
Transcorridos dois anos, observou-se um crescente e estimulante número de iniciativas de promoção e incentivo à leitura nas diversas regiões do país, que podem ser conhecidas no site www.pnll.gov.br
Assim, a organização do II Fórum tornou-se imprescindível para a integração de pessoas que aderiram ao desafio de disseminar a leitura no país, assim como para o fomento e acompanhamento de ações implementadas na área.
O evento ganhou nova dimensão, reunindo-se com o “I Seminário Internacional de Bibliotecas Públicas e Comunitárias” idealizado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.
Serão discutidos experiências nacionais e internacionais (Argentina, Chile, Colômbia) bem sucedidas na área de promoção, mediação e incentivo à leitura incluindo projetos de acessibilidade para pessoas com baixa visão e cegas.
Será um grande prazer poder nos reunir para trocar experiências, compartilhar novas idéias e formular novas propostas de trabalho conjuntas.
Inscrições
São somente 500 vagas. A inscrição é Gratuita. Outras informações no site http://www.bibviva.com.br/erro.asp

domingo, 6 de julho de 2008

Programa de Infoeducação

Veja detalhamento do Programa de Infoeducação, cujo objetivo geral é o desenvolvimento de aprendizagens (atitudes, habilidades e competências) relativas ao acesso, organização e uso de informações, tomadas em suas diferentes modalidades e aspectos, por meio de ações contínuas e sistemáticas de Infoeducação, enquanto condição indispensável aos processos contemporâneos de apropriação, significação e construção de conhecimentos.
Programa de Infoeducação

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Confira a entrevista com Michèle Petit, autora do livro "Os jovens e a leitura"

Michèle Petit é antropóloga, pesquisadora do Laboratório de Dinâmicas Sociais e Recomposição dos Espaços, do Centre National de la Recherche Scientifique, na França, e com obras traduzidas em vários países da Europa e da América Latina, como Éloge de la lecture: la construction de soi (2002) e Une enfance au pays des livres (2007), entre outros.
No Brasil, seu livro "Os jovens e a leitura" foi publicado recentemente pela
editora 34 e também está disponível para empréstimos no CEDOC da Fundação Abrinq.
Michèle Petit estará no Brasil na semana de 14 de Julho de 2008, quando participará de eventos da área de leitura e ação cultural (veja informes no blog da Rede PBV).

Confira algumas das idéias desta importante pesquisadora na entrevista gentilmente cedida à Rede Biblioteca Viva:
http://redeleitura.blogspot.com/

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Dica de disciplina: "Comunicação científica + história da tecnologia"

Dica de disciplina:
"Comunicação científica + história da tecnologia" a ser ministrada pelo Prof. Dr. Jean-Claude Guedon no período de 23 de julho a 21 de agosto de 2008 (4a e 5a feiras) das 14 às 17h, 07 créditos.
O Prof. Jean Claude é da Universidade de Montreal, Canadá e ministrará suas aulas em parceria com a Profa. Dra. Sueli Mara S.P. Ferreira, em espanhol.
A Secretaria PPGCI/ECA solicita aos alunos regulares interessados que efetuem suas matrículas (no sistema Fenix - https://sistemas.usp.br/fenixweb/) até o dia 08 de julho (embora a data da USP e da ECA seja até o dia 15).
Como o curso também poderá ser oferecido ao público externo, precisamos ter noção do total de vagas a ser disponibilizado.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

5º Seminário Educação e Leitura-Brasil

Dica de evento:

Em parceria com a Cátedra UNESCO de Leitura, o 5º Seminário Educação e Leitura-Brasil acontecerá de 10 a 14 de novembro de 2008, em Natal-RN.
O 5º SEL é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e há um Grupo de trabalho sobre Educação e espaços de leitura.
Mais informações no site: www.ccsa.ufrn.br/5sel

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Pesquisa_Retratos da Leitura no Brasil

Oi pessoal!

Vejam abaixo notícia sobre a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. Apareceu, inclusive, numa matéria no Jornal Nacional. Importante notar que são pesquisas muito genéricas, mas não deixam de ser interessante, a título de curiosidade:

Brasileiro lê mais livros por ano
Portal G1 (Jornal Nacional) 29.5.2008 15h08

Tão saborosas quanto as iguarias que Jaime serve como garçom são as viagens que ele faz quando vira leitor. "Entro no livro, gosto dessa parte de historia, é muito legal e você esquece do mundo, não quer parar de ler", conta Jaime.
O rapaz é um batalhador, mora na periferia e tira tudo o que pode dos livros. "Aprendi básico em inglês, espanhol, pego livro em inglês e fico treinando", diz. No restaurante, ele vai multiplicando o gosto pela leitura.Já Nicole é uma devoradora de livros: em cinco meses, leu 80 obras. Foi assim, ganhou uma competição na escola e tomou gosto. "Você viaja para outro lugar, com outras pessoas, parece até que eles existem".
O prazer pela leitura quase sempre começa na infância e hoje cativa 50 milhões de brasileiros, segundo a pesquisa "Retratos da leitura", feita pelo Ibope.
A pesquisa ouviu pessoas a partir dos cinco anos de idade e mostra que, além desses apaixonados, o número de leitores vem crescendo devagar: 55% da população entrevistada afirmou ter lido ao menos um livro nos últimos três meses.

Jovem lê mais
"As faixas mais jovens lêem mais do que as mais velhas, a influência da escola é importante na formação do leitor. A mãe também tem papel fundamental para formar leitores", afirmou Jorge Yunes, presidente do Instituto Pro-livro.
Nos últimos oito anos, o índice de leitura dobrou, passou de menos de dois livros por brasileiro ao ano e já está chegando aos quatro. Nicole compartilha com a tia a histórias que descobre. "Ele fala da morte dele, o Brás Cubas. Fala da infância, uma mulher que ele gosta", diz a menina.
A criança faz uma recomendação para quem ainda não descobriu essa magia. "Para darem uma chance aos livros porque eles são importantíssimos. Vocês não sabem o que estão perdendo", alerta.

39% dos leitores do país têm entre 5 e 17 anos
Portal G1

Levantamento feito pelo Instituto Ibope Inteligência a pedido do Instituto Pró-Livro aponta que 39% dos 95,6 milhões de leitores de livros no Brasil estão na faixa etária de 5 a 17 anos e outros 14% possuem entre 18 e 24 anos. Segundo a pesquisa, divulgada nesta quarta-feira (28), os leitores mais jovens também são os que mais lêem.
A pesquisa "Retratos da Leitura do Brasil", que estudou o comportamento, gosto e preferência dos leitores, aponta ainda que enquanto 90% dos adultos leitores com mais de 40 anos de idade preferem ler em locais silenciosos, muitos jovens com idade entre 14 e 17 anos dizem que gostam de ler ouvindo música. Já 14% das crianças com menos de 10 anos curtem os livros ao mesmo tempo em que assistem à TV.
Além disso, o tema é o fator mais importante na hora de escolher um livro para ler - 63% das pessoas que responderam à pesquisa disseram que este é o fator que mais influencia a escolha de uma obra. Em seguida está o título do livro (opção de 46% dos entrevistados), seguido de dicas de outras pessoas, que engloba 42% do grupo ouvido.
A maioria dos leitores (86%) lêem livros em casa; 36% na sala de aula e 12% na biblioteca. No caso de leitura de jornais, 53% dos leitores lêem em casa e 15% no trabalho.

Mulheres lêem mais
Outro fator interessante é que o brasileiro lê, em média, 4,7 livros por ano. O estudo constatou que somente a leitura de livros indicados pela escola, o que inclui os didáticos, mas não só, chega a 3,4 livros per capita. A leitura feita por pessoas que não estão mais na escola ficou em 1,3 livro por ano. A pesquisa também confirma que as mulheres lêem mais que os homens - 5,3 contra 4,1 livros por ano.

Papel das mães na leitura
Outra constatação interessante da pesquisa é o papel das famílias, em especial a mãe, na influência da leitura para os filhos. Entre as crianças de 5 a 10 anos, 73% delas citam as mães como quem mais as estimularam a ler. Além disso, o estudo mostra que um em cada três leitores tem lembranças da mãe lendo algum livro e 87% afirmam que os pais liam para eles quando estavam iniciando na prática da leitura.

’Bíblia’ entre os mais lidos
A "Bíblia" é vitoriosa em todos os rankings de leitura. Ela é a obra mais lida pelos leitores entrevistados (45%), seguida dos livros didáticos (34%), que são obrigatórios na idade escolar. Ela também aparece no topo dos livros mais lidos tanto por homens quanto por mulheres. Se levarmos em consideração a escolaridade do entrevistado, ela é a obra mais lida para os que cursaram até a 4ª série e é o gênero mais lido entre os leitores com mais de 50 anos.
Quando questionados sobre o último livro que o leitor leu ou está lendo, a "Bíblia" também aparece em primeiro lugar no ranking, seguida do livro "Código da Vinci". Mais de mil títulos foram citados pelos entrevistados, sendo que o número de citações da bíblia foi 18 vezes maior que a do "Código da Vinci".
A "Bíblia" também está no topo dos livros mais importantes na vida dos leitores. A obra foi citada dez vezes mais que "O sítio do pica-pau amarelo", numa referência às obras de Monteiro Lobato, segundo colocado na lista.

Metodologia
A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de novembro e 14 de dezembro do ano passado. Foram aplicadas 5.012 entrevistas nos domicílios, com 60 questões. A margem de erro é de 1,4%.
Segundo a pesquisa, declaram-se não-leitores 48% da amostra (não leram um livro nos três meses anteriores à pesquisa), o que representa 77,1 milhões de pessoas. Essa proporção desce para 45% se forem considerados os que não leram um livro no ano anterior. Entre os não-leitores, 33% são analfabetos e 37% estudaram até a 4ª série. A maior parcela de não-leitores está entre os adultos: 30 a 39 (15%), 40 a 49 (15%), 50 a 59 (13%) e 60 a 69 (11%).

fonte: http://www.abrelivros.org.br/abrelivros/texto.asp?id=3183

Abraços,
Elis

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Bem Vindos ao Blog do Colaboratório de Infoeducação - ColaborI!

Olá, Bom dia!

Para iniciarmos nosso blog e postagens, segue artigo publicado pelo Prof. Edmir Perroti na Revista Carta na Escola deste mês - boa leitura!

Sonhos e bibliotecas
por Edmir Perroti, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP

Em vez de meros depósitos de livros, bibliotecas públicas deveriam ser plataformas de lançamento a novos conhecimentos

Nos anos 30 do último século, um grupo de intelectuais, liderado por Mário de Andrade, sonhou um projeto cultural de envergadura para a cidade de São Paulo: a criação de bibliotecas públicas, abertas à população em geral, em vários pontos da cidade. A iniciativa foi – e, poderá continuar sendo, se retomada em termos contemporâneos – contribuição fundamental à luta contra o analfabetismo e o iletrismo que, lastimavelmente, marcam ainda hoje nossa cena educacional e cultural.
Reconhecendo a importância de formar leitores, ou seja, o papel educativo, cultural e socializador das bibliotecas, o grupo, além das dirigidas para adultos, idealizou também a criação de uma rede voltada especificamente para crianças e jovens, das quais a Biblioteca Infanto-Juvenil Monteiro Lobato, criada em 1935, foi a primeira.
Tal movimento desembocou na criação da maior e mais complexa rede de bibliotecas públicas do País, cujo apogeu durou desses anos iniciais até os 60, quando a massificação começa a se impor como padrão dominante das políticas públicas de educação e cultura no País. A partir dos anos 70 esse formidável patrimônio cultural perde o rumo e até hoje, infelizmente, não conseguiu se refazer nem sequer compreender o que lhe aconteceu e está acontecendo.
Quem, por exemplo, freqüentou a Biblioteca Monteiro Lobato em seu período áureo, encontrou ali um ambiente estimulante e vivo, onde era possível estar em contato com acervos diversificados e atualizados de periódicos e livros, alguns, inclusive, em línguas estrangeiras. Além de importante centro irradiador, a biblioteca “dos modernistas” era local de intensa produção e intercâmbio simbólicos, de interações de importância essencial à inscrição dos seus freqüentadores nas tramas da criação cultural.
Na Monteiro Lobato, além das atividades fundamentais de leitura, da Hora do Conto, havia oficinas permanentes de criação literária, de artes plásticas, de confecção de jornais; havia, também, cotidianamente, encenações teatrais, debates, palestras, encontros com autores e muitas coisas mais. O jornal A Voz da Infância fez história, na biblioteca. Muitas cabeças boas, que produziram e até hoje produzem informação e cultura no País, publicaram seus primeiros escritos ali.
Da mesma forma, criações teatrais do Teatro da Biblioteca Monteiro Lobato (Timol) emocionaram e fizeram pensar milhares de crianças. Um ator e diretor hoje conhecido de todos, Marcos Caruso, não só se formou nesse grupo, como, depois de adulto, dirigiu-o por bastante tempo. Contemporânea da primeira biblioteca infantil criada em Paris, em 1925, a Biblioteca Monteiro Lobato era motivo de orgulho especial para aqueles que tinham oportunidade de freqüentá-la. Suas realizações, suas dinâmicas, aliadas à imponência do novo prédio que até hoje resiste, implantado nos anos 50 no Centro de São Paulo, apontavam não só para a memória cultural da produção infanto-juvenil, mas para o presente e o futuro. A Monteiro Lobato alimentava esperanças. A partir dela, podíamos vislumbrar cidadãos capazes de tomar os destinos do País nas mãos.Apropriação ou expropriaçãoExemplo como esse nos permite chamar a atenção para a diferença existente entre um mero depósito de livros e um ambiente efetivo de conhecimento e cultura. Aqueles que tiveram a oportunidade de freqüentar a Lobato sabem que existem diferenças fundamentais entre políticas públicas de democratização e políticas de massificação cultural, entre práticas de apropriação e práticas de expropriação simbólica, vigentes entre nós desde a colonização. As primeiras acolhem, abraçam, abrem espaço, incentivam as trocas, o livre-intercâmbio de idéias; as segundas banem, afugentam, excluem.
Para superar condições de mero entreposto e tornar-se espaço de cultura vivo, dinâmico, atrativo, a biblioteca não pode simplesmente existir, entregando ao acaso sua dinamização. É preciso atuar, agir, criar metodologias e estratégias compatíveis com projetos históricos empenhados em reverter o quadro de exclusão que sempre marcou a vida nacional; é preciso combinar opções de políticas públicas inclusivas com práticas culturais da mesma natureza, criando-se uma dinâmica entre macro e micro ações visando à participação e inclusão de todos nos processos de conhecimento e cultura.
Ao mesmo tempo que uma biblioteca contemporânea deve ser aberta a novos leitores (e também aos não leitores), é indispensável concebê-la, também, como plataforma de lançamento, ponto de acesso dos diferentes públicos a circuitos culturais amplos e diversificados. As bibliotecas devem ser como as estações, ou seja, pontos de chegada e de partida em direção aos demais dispositivos culturais da cidade, do País, do mundo. Em suma, trata-se de inserir os sujeitos não apenas na biblioteca, mas nas ricas e intrincadas tramas simbólicas de nosso tempo.
A qualidade e o compromisso público dos que nela trabalham também são elementos centrais nas políticas de apropriação cultural. Sem compreensão do papel fundamental que exercem, sem formação de base e continuada, compatível com tal compreensão, sem interesse efetivo pelos bens simbólicos, dificilmente esses profissionais serão percebidos ou se perceberão como protagonistas culturais. Não há, pois, como deixar de considerar a qualidade essencial dos mediadores. Em última análise, é no “aqui e agora” do concreto que os atos culturais ganham sentido. Mediadores desmotivados, despreparados, desinteressados, alheios às questões culturais gerais, bem como às dinâmicas singulares de seu universo imediato, não estão em condições de atender às exigências feitas por projetos destinados a reverter os caminhos excludentes da cultura no País. Elo com a comunidadeO compromisso com uma biblioteca ativa, inventiva e participativa implica também criação de vínculos fortes com o meio em que ela se encontra. Nesse sentido, torna-se necessário não só levar a biblioteca à comunidade, mas também trazer essa e sua memória, suas histórias, suas realizações significativas para dentro da biblioteca. Uma instituição distante não cria elos fortes e duradouros com seu público.
É preciso transitar pela cultura local, da mesma forma que pela universal. É preciso buscar e coletar a memória da comunidade, registrá-la, dar-lhe forma e sentido, recriá-la, disponibilizá-la sob diferentes formas, como exposições, boletins, livros e álbuns fotográficos, tal como faz a Estação Memória, projeto criado por nós, na USP, e implantado na Biblioteca Infanto-Juvenil Álvaro Guerra, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. A atenção voltada à cultura local é contraponto necessário aos processos de globalização, num movimento dinâmico e essencial de interpenetração entre o próximo e o distante, o aqui e o lá, o “nosso” e o “do outro”.
A biblioteca contemporânea não pode aceitar o papel de entreposto de signos que as políticas e práticas de expropriação cultural sempre adotaram e continuam adotando. Deve, antes, estar antenada com as exigências de seu tempo e momento, tal como preconizou, em sua época, o grupo de intelectuais ligado a Mário de Andrade.
Assim consideradas, as bibliotecas herdadas dos “modernistas” poderão ser redimensionadas, desempenhando novamente o papel cultural essencial do passado. Não serão, em tais condições, dispositivos restritos a pequenos grupos, pertencentes em geral às elites econômicas ou intelectuais. Serão, como em várias partes do mundo e ao alcance de todos, recursos essenciais de participação na cultura. Nossos modernistas, com certeza, estarão felizes se tivermos a capacidade de reativar sonhos de inteligência e beleza na vida do País.
Fonte: http://www.cartanaescola.com.br/edicoes/26/sonhos-e-bibliotecas